segunda-feira, 23 de abril de 2007

Tonino Guerra


Bem, falando mais sobre cinema, aqui vai um texto sucinto e interessante sobre Tonino Guerra. Ae alguém pode me perguntar, quem é esse cara?
Tonino Guerra, roteirista italiano, já trabalhou com três, entre muitos, grandes cineastas, como por exemplo, Tarkovski (Nostalghia), Michelangelo Antonioni (Blow Up), e em muitos filmes de Fellini, (Amacord e E La Nave Va). Desse modo, tenho certeza que o texto que aqui coloco servirá para apresentá-lo a vocês. No final, segue um trecho de ums dos filmes cujo roteiro fora cooperação entre Tarkovsky e Tonino Guerra.


"Tonino Guerra desvenda mistérios do cinema",
copyright Folha de S. Paulo, 04/10/04


"Tanto é consenso para uns que o cinema é pura diversão quanto para outros que a expressão em imagens e sons constitui uma forma específica de arte. Para estes, a querela que se estende desde meados do século passado permanece centrada na questão do artista: afinal, quem é o autor desse tipo de obra, eminentemente coletiva em sua feitura?

No documentário ‘Um Encontro com Tonino Guerra’, a discussão retorna à tona e dela o espectador consegue sair pelo menos com um ponto de vista sólido em mãos, guiado pela posição firme de um dos mais importantes roteiristas do cinema moderno.

Poeta e romancista na origem, Tonino Guerra, 84, transferiu– se com armas e bagagem para o cinema em meados dos anos 50. A partir dali, de suas mãos saíram palavras e diálogos que seriam concretizados em imagens por integrantes do primeiro time do cinema italiano (àquela altura, baluarte da modernidade cinematográfica). Antonioni (desde ‘A Aventura’), Fellini (a partir de ‘Amarcord’), o De Sica tardio, Francesco Rosi e os Taviani foram alguns dos criadores para os quais Guerra emprestou seu humanismo clássico, sua poesia nua de sentimentalismos e, mais que tudo, sua visão pessimista da modernidade.

Como se não bastasse, a esse time depois ainda se agregariam o russo Andrei Tarkovski e o grego Theo Angelopoulos, dois mestres à sua maneira.

Sem falsa modéstia, Guerra responde à questão da autoria sem ceder à tentação da vaidade estimulada pelo entrevistador. Assume que é, sim, grande, mas lembra que o diretor é, sim, o autor. Porque ao tomar nas mãos o poder da palavra e das situações escritas num roteiro é do cineasta, em última instância, que emana o concerto de tudo em uma visão, a transformação de uma idéia em expressão. Ou seja: em cinema."



Fonte: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=297ASP012


Trecho do Filme:





Indicações:


"Nostalghia"
Andrei Tarkovsky

Gortchakov é um poeta russo que tem por objetivo pesquisar sobre a vida de um compositor russo que viveu na Itália no século XVIII. Encontra Domenico, considerado por muitos um louco, devido ao fato de ter aprisionado sua própria família por sete anos para protege-los do fim do mundo. O Encontro entre estes dois homens, que mal falam o mesmo idioma, tem um desfecho trágico cujo sentido é uma profunda reflexão sobre nossa contemporaneidade.


Se você se interessa em adquirir o filme, clique aqui!


"Abandoned Places"
Tonino Guerra.

Sem obras traduzidas no Brasil, - apenas " O Livro das Igrejas Abandonadas", tradução portuguesa da Assírio & Alvim, e esgotado - aqui vai uma indicação de um trabalho de Tonino Guerra em conjunto com Adria Bernard. Parte da coleção Essential Poets Series 74.





Se você se interessou pelo livro, clique aqui!



Nenhum comentário: